Economia

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:: Loteamento industrial de Vale de Forno

Previsto desde o início da década anterior, o loteamento industrial é efectivo desde 1999 com a conclusão dos trabalhos da 1.ª fase, que permitiu a oferta imediata de 20 lotes industriais.
A criação dessa infraestrutura, na sede do Concelho, conjugada com a beneficiação da rede viária e a aposta na qualificação e valorização de recursos humanos contribuiu para o empreendedorismo de micro-empresas, que é atestada pela procura de loteamento complementar, sendo correntes os trabalhos da 2.ª fase e a elaboração de projecto para a 3.ª.

 

:: Identidade natural 

Central à região serrana do Alto Paiva – as ‘terras do demo’ de Aquilino Ribeiro –, Vila Nova de Paiva sita entre concelhos de Moimenta da Beira, Viseu, Sátão, Castro Daire e Tarouca.
Mais de 80 por cento do Município estende-se por platitudes acima dos 800 metros, atingindo 1016 metros onde Touro confina à Serra da Nave. Paisagem granítica, ponteada de litologias xistenses, principalmente em Queiriga, é dominada por uma orografia que acusa erosão.
O vigor da invernia contrasta com o Estio moderado a quente – ‘nove meses de Inverno e três de Inferno’, resume o aforismo.
A rede hidrográfica, muito ramificada, é absorvida pelo Paiva – reputado como o menos poluído da Europa –, que desce da Serra da Nave e atravessa o Concelho no sentido Este-Oeste; pelo Rebentão que aflui no Vouga, limite meridional de Queiriga; e pelo Côvo que vem desaguar no Paiva, em Vila Cova-à-Coelheira. O rio desempenha um papel diversificado na economia e sociedade locais: outrora conduzia a dinâmica aos moinhos e pisão, é alfobre de apreciadas pescarias, a cadência perene é suficiente para alimentar as culturas de regadio, e espraia-se de molde a proporcionar estâncias balneares.
As águas transluzem um ‘coalhado de vegetação que emerge das suas entranhas. São plantas aquáticas em tufos vermelhos, alongados, que o rio embala no seu seio (…) Nasceram a aprender o ritmo do rio, cirandam ao sabor da força do seu veio, não lhe estranham os modos ou o correr.’ (I. N. Pignatelli, 1998)
Nas margens de rios e regatos, limados pelas suas águas, os lameiros alimentam a vida animal e vegetal. A altimetrias inferiores, nos vales abrangentes corridos pelos cursos principais, adensa-se a vegetação arbórea, onde também, malgrado a acção antrópica crescente, subsiste uma fáunula diversa que beneficia da salubridade dos cursos fluviais – são lontras e peixe comum de água fria como a truta fário, verdadeiro ícone do Paiva, o bordalo, a boga, o realista, e o eirós.
As serras ora escalvadas ora floridas de queiró, tojo e carqueja, e ponteadas de pinhal, são o refúgio de espécies cinegéticas, desde perdizes e patos bravos a coelhos, lebres e javalis, que baseiam tradições de bom sabor à mesa.

:: Artes da terra

Os terrenos agrícolas são estreitos por causa dos declives e penedal improdutivo. A relativa fertilidade provém da água abundante. A agricultura se não é a profissão mais representativa, persiste como actividade de complemento à economia do agregado. A aptidão para as culturas de regadio explica a expansão das culturas arvenses: seara, feijoal, horta e batatal, a cotas já que comprometem a existência da videira e oliveira. O milho é a cultura dominante, seguida do centeio.
A mancha florestal é dominada pelo pinheiro, do qual em Fráguas se extrai resina, e ponteada de castanheiros e carvalhas, de rendimento pouco expressivo. 
A execução de planos de reflorestação e regadio, protegendo os ecossistemas locais ao largo das linhas de água e lameiros, vem beneficiar a agro-pecuária. 
A criação do bovino de raça paivota chegou a associar-se a desaparecidas produções manteigueira, muito consumida em Lisboa e premiada internacionalmente nos finais de Oitocentos, e também queijeira no início do século XX.
Prevalece a pastorícia de gado ovino e caprino e a produção avícola. A apicultura conhece-se pela sua qualidade.

:: Recursos Naturais

A arqueologia industrial reporta a importância económica da actividade mineira na primeira metade do século passado. A extracção de estanho e volfrâmio em Queiriga, na década de ’40, empregou até meio milhar de operários. Mas como a precariedade do trabalho ciclicamente devolvesse os trabalhadores à lavoura, estes nunca a abandonavam inteiramente. Das antigas minas retira-se doravante areia e feldspato para a construção civil.

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